Contratos de trabalhadores/trabalhadores sem contratos!
Foi por vontade das associações patronais que nasceram os contratos a prazo, ultimamente designados por contratos a termo.
Depois foram criados os recibos verdes para que a profissões liberais passassem a estar (mais ou menos) controladas e assim “obrigadas” a pagar impostos com menores (???) possibilidades de fuga ao fisco.
Logo as entidades patronais “descobriram” que usando trabalhadores a R.Verdes deixavam de ser obrigadas a pagar para a Seg. Social, (já que a totalidade dessa contribuição passou a ser da responsabilidade do trabalhador independentemente do que ganhasse), nem precisavam de os contratar a prazo (ou a termo), e nem tinham que justificar fosse o que fosse para efectuar um despedimento.
Que, afinal, nem isso seria já que não houvera qualquer vinculo contratual.
Seria de esperar que, em resultado de menores encargos, os patrões pagassem melhores ordenados aos que para eles trabalhavam.
Mas não! Na maioria dos casos passaram a pagar menos; e era para quem queria!
Passando à frente daquela caricata situação de uma cobrança de 5% para quem usasse trabalhadores ao abrigo dos R.V., chegou-se ao presente em que os ordenados baixam e os trabalhadores podem ser despedidos “à lágardére” e com ínfimas indemnizações ou mesmo nenhumas.
Apesar disto, não foram revogados nem os contratos a prazo (ou a termo), nem tão pouco foi decretado o impedimento de usar trabalhadores a R.Verdes!
Com a desculpa de serem imposições troikianas (que dão para tudo), vivemos cada vez mais em piores condições, recebendo menos para que as empresas tenham mais e maior comptitividade nos mercados, sobretudo estrangeiros. Mas não equacionam (por lapso certamente), os custos da energia que cada dia pesa mais nas despesas de produção, seja de que empresa for.
Não sei qual será o fim de tudo isto. Mas sei que isto vai ter um fim e vai terminar mal!
Diz o Sr. 1º M. que não podemos ser piegas e que estar desempregado é uma boa oportunidade para novos desafios. Eu quero viver no mesmo país em que ele vive.
Só falta dizer que o melhor mesmo é emigrar! Mas… afinal já o disse!
Será o que ele pensa fazer, à semelhança do seu antecessor?