O "RELVISMO"!
Que os políticos mentem, não é novidade. Nem mesmo aqueles que são mais políticos do que outros, segundo as suas próprias opiniões, se inibem dessa tentação de mentir desde que isso lhes possa garantir, nas suas próprias perspectivas, aqueles votos que lhes permitam segurar (agarrar é o termo mais correcto), um assento garantido e de ordenado fixo durante quase sempre quatro anos, sem perder de vista a possibilidade de posteriormente arranjar um “lugarzinho” numa empresa amiga do partido.
Mas um ministro (em minúsculas porque só um ministro menor se comportaria dessa maneira), mentir numa comissão de inquérito na assembleia da república ultrapassa toda a ética exigida ao lugar que ocupa. O ter ficado provado não foi o bastante para que o 1º ministro (também em minúsculas e pela mesma razão), deixasse de manter a sua confiança política em tal pessoa, mantendo-o em funções.
E como uma vez não basta, logo surgem seguidores que sem rebuço mentem nessa mesma comissão de inquérito e, tal como antes, com a garantia da tal confiança que o 1º ministro se apressa a afirmar, quem sabe se receando que o confundam com esses seus ministros.
Uma vez não é o bastante? E duas? Mais? Quantas mais?