1640 na versão de PAULO PORTAS-2013
Os políticos acham bem dizerem coisas que acreditam causarem impacto junto de quem os ouve, porém na secreta esperança de serem ouvidos com alguma leveza evitando por isso serem confrontados com as suas próprias afirmações. Hoje lembrei-me de voltar à história e confirmar o que este vice 1º ministro achou por bem inventar: um novo 1º de Dezembro de 1640, ao comparar a saída da troika com a restauração da independência.
Não que eu pense haver quaisquer comparações. Mas peço que nos diga quem vão ser os outros intervenientes equiparados da conjura, a saber:
- Miguel de Vasconcelos escrivão da Fazenda e secretário da
- Duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal,
- E também “Valido” do Conde Duque de Olivares.
Sabendo-se que o Miguel de Vasconcelos foi morto num armário “voando” depois pela janela para o “colo” da populaça que enchia o Terreiro do Paço, e que por isso já não poderá fazer parte de “um segundo take”, é lícito perguntar a Paulo Portas quem vai estar agora escondido no armário. E como ainda há “papeis” para distribuir, quem é a actual Duquesa de Mântua e o novo Conde Duque de Olivares.
Porque nisto das recriações de épocas tem que haver rigor sob pena de se tudo se tornar numa colossal palhaçada.