A propósito do "TAL" CARTAZ
A propósito dum cartaz da responsabilidade do BE onde a imagem imaginada da figura de Jesus Cristo aparece "filho de dois pais", surgiram variadas declarações recriminatórias de pessoas idóneas e acima de quaisquer suspeitas, a saber:
1-“Eu sou adepto de usar o humor na política, acho que é saudável, mas o humor na política não pode faltar ao respeito às crenças e às convicções dos portugueses. E este cartaz falta ao respeito às crenças e às convicções de milhares de portugueses”, respondeu Fernando Negrão quando questionado sobre a explicação dos bloquistas.“Os cartazes provam que nestas questões fraturantes o que esteve em causa sempre foi o predomínio do interesse das causas dos casais homossexuais – que são legítimas obviamente -, mas em detrimento daquilo que era o fundamental que é o superior interesse da criança. O Bloco de Esquerda nunca teve em conta o superior interesse da criança nessas questões”,criticou ainda
2-O porta-voz da Conferência Episcopal, Manuel Barbosa, considerou hoje de manhã "uma afronta aos crentes" o uso de uma imagem de Jesus Cristo numa campanha do Bloco de Esquerda em defesa da adoção por casais homossexuais.
3-Já o CDS reagiu ao início da tarde, tendo o deputado Pedro Mota Soares dito representar uma "ofensa gratuita à sensibilidade de muitos portugueses".
Nesta mesma data e em diferente cartaz (leia-se orgão de informação) sabe-se que:
1-Seria curioso demitir-me por um qualquer pequeno incidente: palavras de Carlos Costa regulador(?) do Banco de Portugal.
2-Pedro Passos Coelho não comenta estas declarações porque (diz ele): não sou comentador! (O que é uma novidade pois em Portugal o que não faltam são políticos enxertados em comentadores. A ver vamos)!
Devo dizer que o cartaz do BE não me é particularmnete simpático, porém não me aquece nem me arrefece sobretudo quando comparado com assuntos concretos; afinal é somente um cartaz cuja temporalidade será curta e inconsequente (enquanto que outros cartazes não são tão inocentes).
Lamento que muitos (e são tantos) dos que se insurgiram com o cartaz, gritando dos seus púlpitos as suas indignações (que não discuto nem pretendo desvalorizar das suas convições) em defesa de milhares de portugueses não proclamem igualmente alto e em bom som do descalabro que são outras situações (como a camuflagem da situação bancária, por exemplo), que concretamente, estas sim, devem ser consideradas faltas de respeito para com milhões de portugueses, sejam eles o que forem: católicos, cristãos, gays, ateus, etc.