A LIBERDADE DA ESCOLHA
Assiste-se à sublevação dos colégios privados com argumentos chantagiosos e catastróficos: muitos professores e outros trabalhadores para o desemprego, de famílias descompensadas, e com as crianças manipuladas por pais e professores, e todos enchem a boca com a liberdade de escolha na escola que quero para o/os meus filhos. Estou completamente de acordo mas considero que a frase correcta é:
liberdade de escolha na escola para os meus filhos desde que eu possa pagar!
Seria desonesto que eu afirmasse que não gostaria de estudar em Inglaterra, ou na América; gostava, mas como não haviam Euros para isso lá se foi a liberdade da escolha. Nunca entendi o porquê dos colégios privados serem subsidiados pelo estado (ou seja, por mim também) e com verbas que são negadas às escolas públicas quer para melhoria e renovação de condições de ensino, quer para a contratação de mais professores e de pessoal não docente. Num resumo de tudo isto apetece-me perguntar: por onde andam todos esses alunos que foram instruidos nos "nossos melhores colégios"? Porque se acaso se tornaram nos políticos que temos então, sinceramente, não valeu o esforço; nem o nosso (com os impostos) nem o das suas respectivas famílias.
O Sr. Coelho tem o desplante de criticar com insinuações (venham elas a ser provadas e comprovadas, ou não) o actual ministro da educação. Até parece que o "seu" ministro (o sr. Crato que antes de ser ministro defendia a implosão desse mesmo ministério quer o de Maria de Lurdes Rodrigues, quer depois o de Isabel Alçada) foi um bom exemplo de como um ministério não deve ser gerido. Apetece dizer: Ò sôr coelho, olhe-se ao espelho!
Não é que eu aprecie o desempenho do actual, o sr. Tiago Brandão, mas quem não sabe fazer melhor não deveria ir aprender antes de abrir a boca? Há um dito popular que diz: quando se abre a boca ou entra mosca ou sai asneira; e se o sôr coelho abre a boca onde não há moscas...