OS CÍNICOS, quantos são?
Da subtracção de artigos bélicos dos paióis de Tancos, hoje não me apetece falar porque isso é com a tropa e é sabido que os militares de carreira são muito susceptíveis no que respeita às críticas sobre as suas funções e actuações, apesar serem dos meus (dos nossos) impostos a substancial contribuição para os seus orçamentos/devaneios.
Hoje quero mesmo é referir-me ao SIRESP, aquela coisa que custou mai$s do que um balúrdio (outra vez os meus (os nossos) impostos na berlinda), que era suposto unificar as transmissões entre todas as forças operacionais no terreno. Admito: a ideia era/é cativante, sedutora e fazem lembrar as plumas que uma bailarina ostenta em palco, num qualquer espectáculo revisteiro, mas logo após o acto delas -das plumas- se despoja porque não fazem parte da sua realidade.
Sabemos agora que era suposto esse tal SIRESP reunir a cada 3 meses e a cada 6 meses emitir um comunicado (ou parecer? ou conclusão? ou... fosse lá o que fosse, nem que fosse para afirmar que continuava vivo?), na presença de entidades políticas/civis: Presidentes de Câmaras por exemplo. Foi com surpresa que ouvi o presidente da Associação de Municípios Portugueses dizer que nunca foi convocado para tais encontros (?) nos últimos quatro (?) anos. Ocorre-me perguntar-lhe:
-não estranhou?
-não questionou nada nem ninguém?
-não sentiu vontade de telefonar ao SIRESP? (ou telefonou e não obteve ligação?)
No espremer de toda esta bagunçada (e segundo o padrão português) não é certo que se encontrem os verdadeiros responsáveis, culpados de todo este imbróglio. Mas alguém será acusado de não ter ligado um cabo, instalado uma tomada ou, simplesmente não ter dito: bom dia!
Porque os cínicos são muitos e não estão sinalizados.