MINISTROS e JORNALISTAS
Li por aí das vitórias/derrotas do MT/RGC (a ordem é aleatória), o que me levou a rever a entrevista para tentar perceber (e digo propositadamente tentar porque um gajo (eu) pode pensar que está certo e, afinal, não está), quem é que de facto ganhou mas sem a curiosidade de querer saber o que é que ganhou. Afinal o que vi (e confirmei) foi um diálogo de perguntas e respostas entre duas pessoas inteligentes, que se propuseram a dissecar diversas situações da actualidade nacional.
Se quem questionou, questionou bem e/ou se quem respondeu, respondeu bem, não me parece ser o mais importante pois quem viu/ouviu ajuizou como entendeu e fê-lo segundo a sua simpatia, evidentemente. Todavia houve algo que me chamou a atenção: comentários em defesa da MT atacando RGC e vice-versa, conforme (repito) as simpatias. Do que discordo é "a linha" dos que entendem que MT por ser mulher não tem que ser nem estar sujeita às perguntas que são pretinentes (nem à forma como são feitas) sobre quaisquer assuntos respeitantes ao seu cargo, de resto as mesmas que seriam colocadas de igual forma se o Ministro em questão fosse um homem. Há de facto diferença entre quem se propõe entrevistar alguém: os que fazem perguntas "amigas" (às vezes até dizem antecipadamente ao entrevistado: desculpe mas tenho que lhe fazer esta pergunta), e os que perguntam o que na verdade entendem ser importante saber a resposta (algumas vezes "arrancada a ferros"). São as "tais" simpatias...
Não importa o género dum ministro; o que importa mesmo é se o ministro é de facto Ministro.
E, consequentemente, se um jornalista é mesmo um Jornalista!