TRISTE FADO
Em tempos (por volta dos anos 50 do século XX) eram cantados nas ruas de Lisboa mas igualmente noutras cidades e localidades e em transportes públicos, normalmente por cegos individualmente mas também em grupos, carregando instrumentos musicais, o relato de tragédias, crimes e outras desgraças, acontecidas ou inventadas. E eram relatados em forma de fado, com “todos” os pormenores e detalhes.
Os seus autores, ilustres desconhecidos, seguramente nunca imaginariam um enredo trágico cómico como o que está acontecendo no governo em Portugal.
A mediocridade, a incompetência, a irresponsabilidade, a impunidade, tudo enfim que não queremos nem esperamos ver num dirigente em quaisquer áreas, têm sido uma constante neste governo. Mas não só, já que ainda o Sr. Aníbal era somente um professor (de mérito segundo dizem), e já “aquelas virtudes” se manifestavam; e continuaram até hoje.
A diferença não é tanto na substância mas mais nas suas variadas formas de imbecibilidade, a qual tem vindo a “ganhar volume” com o passar dos anos. E o mais grave é não ser perceptível uma cura, mesmo que ténue.
Não foi seguramente para isto que um povo esteve sujeito a uma ditadura durante quase 50 anos. Porque a verdade é que temos sido “roubados” por quem nos deveria ter defendido.
Como sair bem desta situação? Não sei. Gostava de acreditar que o meu voto ajudaria. Mas, sinceramente, não acredito. Nem o meu nem todos os outros votos serão suficientes, a menos que sejam eleitos políticos cuja mais importante virtude fosse a honestidade. Porque os resto estaria implícito e viria por acréscimo!